sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Tempo?
De tempos em tempos nossos objetivos, sonhos, pensamentos e atitudes mudam. Saber que existe um relógio pronto para despertar enquanto estamos na paz de um sono bem dormido é algo que nos remete a uma obrigação cotidiana.
Computador, celular, GPS, etc., são tecnologias de prateleiras que são lançadas para satisfazer o impulso do tempo nas pessoas. Décadas atrás não existia celular e todos no entanto, viviam bem sem se preocupar aonde deveriam estar passando seu tempo. Embora naquela época existisse relógio, o relógio não estava imerso dentro de um telefone móvel que além de hora, disponibiliza também o seu lugar no mundo. É como se a todo instante alguém te observasse e necessitasse saber onde você se encontra naquele determinado momento.
Nós, seres humanos, observamos os anos que passam e a cada ano, costumamos dizer que há uma sensação daquele determinado ano ter passado mais rápido do que o anterior. Essa sensação que a ciência provavelmente chama de teoria do “sei lá o que”, mostra o quão rápidas e ansiosas andam nossas cabeças e tudo vai ficando tão louco e tão contraditório que por vezes passamos a caminhar contra o tempo, como se ele em determinado momento não existisse.
Às vezes, quando ando de ônibus e principalmente de metrô, vejo um mundo à parte enquanto as pessoas esperam seu destino. Saber que todos que ali se encontram, irão em poucos instantes estar cada um na sua casa, escritório, consultório e, provavelmente, minutos após, um rosto bonito no meio da multidão será observado por um... será esquecido por outro...
Os ensinamentos que levamos dessa vida maluca se destinam a nossa caixa de memória ou caixa do tempo. O tempo fala por si e para ele pouco importa se está sendo cronometrado ou não. Para ele não há incertezas, elocubrações, paranóias e situações do gênero. Todos os dias são iguais e os ventos que nos congelam o rosto em um dia de frio, amenizam o calor insuportável do sol escaldante de alguém que trabalha sob Ele.
Neste mundão de meu Deus há relógios por todas as partes e cada um com sua tarefa. Um está incumbido de se mostrar visível aos olhares turísticos de quem passa na praça, outro cumpre sua função de acordo com os honorários prestados. Que imaginação criar a hora, não? Imaginem que ontem à noite, enquanto lia meu livro deitado na rede, por alguns minutos olhei para o céu estrelado e pensei que o ontem, a mim foi entregue de maneira tardia, porque ainda hoje lembro dele como se fosse meu amanhã.
Por este tempo que não volta, termino este texto chato dizendo que o meu tempo cobrou minhas palavras que foram desperdiçadas ao ouvido de quem mais gostaria que entrasse. O meu tempo é diferente do resto do mundo e vice-versa, mas no fim das contas, Ele, o tempo, não se perde!
terça-feira, 27 de julho de 2010
A ave amiga
Hoje olhei para o céu e vi um avião. Seu rumo de acordo com a rosa dos ventos, mostrou que ele partira rumo ao meu sonho, afinal de contas, todos que daqui partem, vão pra lá!
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Razão & Emoção
Este tema geralmente nos vem à cabeça quando fazemos questionamentos a respeito dele. Existe um amor racional? Existe uma razão amorosa? É como se nosso corpo andasse em dois caminhos o tempo todo, o caminho da razão libera o conformismo adequado e pertinente a tudo aquilo que se vê e não se pode tocar. Já o coração habita perto de, ''parentes'', os outros órgãos que, por sua vez, adoram sua ilustre presença, afinal de contas, ele bate, bate e só pára quando Deus deseja. Já a razão fica dentro de uma caixa, isolada e intocável com seu poderoso saber e dona do comando, sempre achando que a medida a ser tomada prevalecerá diante dos mais difíceis desafios da vida.
Estudiosos dizem, que quando ouvimos música nosso sistema cardíaco se adequa ao batimento musical, quando realmente nos envolvemos com determinada música (muitas terapias usam isso hoje em dia).
Coração fala, chora e grita. Razão manda, desmanda e bota de castigo. As horas passam e o coração atende às nossas vontades, loucuras, prazeres. A razão é entendimento; coração é sabedoria. Quanto mais buscamos o entendimento mais nos observamos e chegamos à conclusão que somos ignorantes. A sabedoria não se busca, é um presente divino.
Hoje ouvi que meu amor é avião! Bem, antes ser avião e voar do que andar a pé e na faixa de segurança....
Um homem qualquer observa os rostos em meio à multidão e de repente, sorrateiramente, um intruso chega e pergunta: Para onde eu vou? Então o homem, coberto de razão responde: Não é da minha conta! Já o emocionado responderia: Depende de onde você gostaria de passar o resto de seus dias...
Sabe, eu sou uma pessoa que não penso com a razão, faço tudo pelo coração. Não consigo andar na rua de uma cidade perigosa raciocinando o quanto aquilo pode ser perigoso. Eu vou, fui e continuarei indo para onde tiver que ir, sempre com meu coração comandando a minha vida.
Minha última namorada é completamente diferente de mim, pensa com a razão e quando paro para refletir, vejo que isso é interessante do ponto de vista de um casal. Quando há um elo entre duas pessoas, o que deve ser avaliado é a condição para tal harmonia. Quando uma pessoa é racional e se une a outra completamente emocional, há muitas chances de crescerem e amadurecerem juntos.
Imagina na criação dos filhos? O filho chega e diz: Vou viajar com meus amigos. A razão responde: Não vai não... com quem, para onde? Já o coração, diz: Divirta-se e pense em mim, quem te criou!
Minha experiência mais recente relacionada a este tema foi na minha última passagem por São Paulo. Fui, porque tinha médico marcado e havia completado 2 semanas do término do namoro. O coração subia todo santo dia pela boca com vontade de vê-la a todo instante. Já a razão sempre prudente e segura de si, me dizia: Você está sem dinheiro e pode arrumar uma receita aqui mesmo em Campo Grande. O que eu fiz? Fui, logicamente! Chegando em São Paulo, observei o quão fria estava a cidade e fui recepcionado por uma blitz policial que quase me deixou sozinho as 03:00 da manhã em pleno Lgo. da Concórdia, no Brás. Aquilo começou bem para mim. No fundo, achei graça e falei: Que loucura não? Os dias passaram e minha vontade de reatar o namoro com minha ex-namorada era grande. Imaginava meu ato impulsivo um tanto quanto heróico, romântico e salvador da pátria. Mera ilusão! tamanha foi a decepção, que resolvi escrever este post falando sobre os desacordos entre um e outro. Não guardo mágoas porque aprendi a ser assim, porém, penso que se fosse ao contrário isso nunca teria acontecido.
Já dirigi uma Kombi completamente adulterada com 17 anos em plena rodovia BR 101. Acreditem, a Kombi era tão chave de cadeia que só faltava uma placa nela contendo a seguinte palavra: Prendam-me! Passei o Natal com uns amigos, embaixo de chuva, trocando o pneu dela, acreditem! Até o macaco quebrou! O Triângulo sinalizador voava quando um caminhão em alta velocidade passava. 23:30, véspera de Natal, no meio do nada. Foi muito louco!
Certa vez, entrei dentro de um túnel de trem com mais 3 grandes amigos. Tínhamos em mãos apenas velas (aquelas de macumba e de iluminação para quando falta luz em casa) e na cabeça, obviamente, não tínhamos nada! À medida que os metros iam passando no túnel completamente sombrio, a gente acendia uma vela e grudava no trilho. Quando as velas acabaram, nossa coragem e adrenalina persistiram. Há uns 400 metros do fim do túnel olhamos para trás e vimos um cenário de filme de terror: As respectivas velas faziam sua pequena iluminação frente à parede do túnel e logo se fazia trevas outra vez dando continuidade à outra luz apenas na vela seguinte. Algo único e surreal. Em determinado momento, um amigo disse: Olha! a luz! Acho que já estamos próximos do final do túnel. Eis que, no mesmo instante a buzina do trem toca ensurdecedoramente!!! Eu corri, ele correu, nós corremos! Se fossemos pelas beiradas, tropeçaríamos nas pedras, se fossemos pelo trilho, teríamos um pouco mais de agilidade. Eu decidi ir pelos trilhos até onde desse naquele instante. Acreditem, não deu muito e a buzina soava novamente há uns 5 metros de meus ouvidos. Enfim, estou aqui vivo para contar. O trem passou e enquanto ele passava a única coisa que eu fazia era orar para meu Deus pedindo perdão de meus pecados por que queria subir pro ''céu'' caso eu morresse.
Este é um caso que relata a situação que eu nunca mais esqueci e que se tivesse um pingo de juízo (razão) não teria acontecido. Resumindo....Que bela EMOÇÃO!
Se você possui uma razão forte para ter lido até aqui, delete tudo da sua cabeça porque no mínimo, não vale a pena se arriscar.
Se você curte a emoção procure um trilho para caminhar e vá com Deus!
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Uma aventura que ainda não morreu ( Parte II)
Uma aventura que ainda não morreu
Provavelmente se este mundo em que vivemos fosse um pouco mais coerente e mais civilizado, não passaria pelo que passei. Digo à todos que, a dor é única. A mim não importa a pior doença porque com certeza no momento, ela é minha. Nos últimos anos de meus 25, vivi a vida de maneira intensa. Não deixei passar nada sem ao menos fazer um teste para poder, dizer a alguém o que acho certo ou errado, bom ou ruim. Bem, aqui estou eu enrolando e pensando quais serão as próximas linhas. No momento escuto uma versão de ‘’Route 66’’ gravada pelos Stones.
Há 1 ano estava morando em São Paulo na casa de uns tios. São Paulo sempre foi uma cidade que me atraiu muito. Inúmeros são os teatros, casas de shows, eventos, etc. Quando cheguei por lá, havia muitos sonhos na minha cabeça e de certa forma era difícil coordená-los de maneira em que eu conseguisse realizá-los um por um. A idéia soava como um filme hollywoodiano. Um jovem em seus 23 anos chegando à cidade grande com bagagem superior a média de sua idade. Meus solidários tios cederam um quarto, comida ruim (exceto aos domingos quando saíamos para almoçar fora) alguns presentes baratos e muitos conselhos de vidas que, se fossem vendidos, provavelmente quem os vendesse, estaria passando fome.
Com 23 anos no meu círculo de amizade, todos já estavam formados (academicamente). A minha ida pra São Paulo só foi viabilizada devido a este fator, a faculdade e nada mais que isso. Para entrar no meu curso era necessário estudar um pouco para passar no vestibular, então, o que eu fiz foi me matricular num cursinho já que, o que aprendi no 2º grau havia me esquecido, logicamente. Logo, saí de manhã da casa dos meus tios com alguns reais no bolso e fui fazer a tal matricula. Não olhei mapa, itinerário, internet, etc. Simplesmente saí e entrei num ônibus que me informaram ser o certo ao meu destino. Era eu, Deus e meu Ipod que tocava o som das ruas, dos carros, das árvores, viadutos e prédios. No lugar de meu destino, fiz minha matrícula e voltei para casa muito feliz.
Meu primeiro dia de aula foi excitante, minha expectativa era de fazer amigos e começar minha vida do zero. 23 anos numa sala de aula onde a média de idade era de 18. Entre as respectivas idades, havia um abismo de informação, diferenças e principalmente experiência de vida. Foi neste cursinho que além de amigos, conheci minha última namorada. Embora ela tivesse 18 anos, sua idade não correspondia à sua cabeça.
(Peço desculpas aos leitores pelos erros de português. Afirmo que, meu teclado é de notebook e ele é muito chato)
A história continua....