sexta-feira, 23 de julho de 2010

Razão & Emoção


Este tema geralmente nos vem à cabeça quando fazemos questionamentos a respeito dele. Existe um amor racional? Existe uma razão amorosa? É como se nosso corpo andasse em dois caminhos o tempo todo, o caminho da razão libera o conformismo adequado e pertinente a tudo aquilo que se vê e não se pode tocar. Já o coração habita perto de, ''parentes'', os outros órgãos que, por sua vez, adoram sua ilustre presença, afinal de contas, ele bate, bate e só pára quando Deus deseja. Já a razão fica dentro de uma caixa, isolada e intocável com seu poderoso saber e dona do comando, sempre achando que a medida a ser tomada prevalecerá diante dos mais difíceis desafios da vida.
Estudiosos dizem, que quando ouvimos música nosso sistema cardíaco se adequa ao batimento musical, quando realmente nos envolvemos com determinada música (muitas terapias usam isso hoje em dia).
Coração fala, chora e grita. Razão manda, desmanda e bota de castigo. As horas passam e o coração atende às nossas vontades, loucuras, prazeres. A razão é entendimento; coração é sabedoria. Quanto mais buscamos o entendimento mais nos observamos e chegamos à conclusão que somos ignorantes. A sabedoria não se busca, é um presente divino.
Hoje ouvi que meu amor é avião! Bem, antes ser avião e voar do que andar a pé e na faixa de segurança....
Um homem qualquer observa os rostos em meio à multidão e de repente, sorrateiramente, um intruso chega e pergunta: Para onde eu vou? Então o homem, coberto de razão responde: Não é da minha conta! Já o emocionado responderia: Depende de onde você gostaria de passar o resto de seus dias...
Sabe, eu sou uma pessoa que não penso com a razão, faço tudo pelo coração. Não consigo andar na rua de uma cidade perigosa raciocinando o quanto aquilo pode ser perigoso. Eu vou, fui e continuarei indo para onde tiver que ir, sempre com meu coração comandando a minha vida.
Minha última namorada é completamente diferente de mim, pensa com a razão e quando paro para refletir, vejo que isso é interessante do ponto de vista de um casal. Quando há um elo entre duas pessoas, o que deve ser avaliado é a condição para tal harmonia. Quando uma pessoa é racional e se une a outra completamente emocional, há muitas chances de crescerem e amadurecerem juntos.
Imagina na criação dos filhos? O filho chega e diz: Vou viajar com meus amigos. A razão responde: Não vai não... com quem, para onde? Já o coração, diz: Divirta-se e pense em mim, quem te criou!
Minha experiência mais recente relacionada a este tema foi na minha última passagem por São Paulo. Fui, porque tinha médico marcado e havia completado 2 semanas do término do namoro. O coração subia todo santo dia pela boca com vontade de vê-la a todo instante. Já a razão sempre prudente e segura de si, me dizia: Você está sem dinheiro e pode arrumar uma receita aqui mesmo em Campo Grande. O que eu fiz? Fui, logicamente! Chegando em São Paulo, observei o quão fria estava a cidade e fui recepcionado por uma blitz policial que quase me deixou sozinho as 03:00 da manhã em pleno Lgo. da Concórdia, no Brás. Aquilo começou bem para mim. No fundo, achei graça e falei: Que loucura não? Os dias passaram e minha vontade de reatar o namoro com minha ex-namorada era grande. Imaginava meu ato impulsivo um tanto quanto heróico, romântico e salvador da pátria. Mera ilusão! tamanha foi a decepção, que resolvi escrever este post falando sobre os desacordos entre um e outro. Não guardo mágoas porque aprendi a ser assim, porém, penso que se fosse ao contrário isso nunca teria acontecido.
Já dirigi uma Kombi completamente adulterada com 17 anos em plena rodovia BR 101. Acreditem, a Kombi era tão chave de cadeia que só faltava uma placa nela contendo a seguinte palavra: Prendam-me! Passei o Natal com uns amigos, embaixo de chuva, trocando o pneu dela, acreditem! Até o macaco quebrou! O Triângulo sinalizador voava quando um caminhão em alta velocidade passava. 23:30, véspera de Natal, no meio do nada. Foi muito louco!
Certa vez, entrei dentro de um túnel de trem com mais 3 grandes amigos. Tínhamos em mãos apenas velas (aquelas de macumba e de iluminação para quando falta luz em casa) e na cabeça, obviamente, não tínhamos nada! À medida que os metros iam passando no túnel completamente sombrio, a gente acendia uma vela e grudava no trilho. Quando as velas acabaram, nossa coragem e adrenalina persistiram. Há uns 400 metros do fim do túnel olhamos para trás e vimos um cenário de filme de terror: As respectivas velas faziam sua pequena iluminação frente à parede do túnel e logo se fazia trevas outra vez dando continuidade à outra luz apenas na vela seguinte. Algo único e surreal. Em determinado momento, um amigo disse: Olha! a luz! Acho que já estamos próximos do final do túnel. Eis que, no mesmo instante a buzina do trem toca ensurdecedoramente!!! Eu corri, ele correu, nós corremos! Se fossemos pelas beiradas, tropeçaríamos nas pedras, se fossemos pelo trilho, teríamos um pouco mais de agilidade. Eu decidi ir pelos trilhos até onde desse naquele instante. Acreditem, não deu muito e a buzina soava novamente há uns 5 metros de meus ouvidos. Enfim, estou aqui vivo para contar. O trem passou e enquanto ele passava a única coisa que eu fazia era orar para meu Deus pedindo perdão de meus pecados por que queria subir pro ''céu'' caso eu morresse.
Este é um caso que relata a situação que eu nunca mais esqueci e que se tivesse um pingo de juízo (razão) não teria acontecido. Resumindo....Que bela EMOÇÃO!
Se você possui uma razão forte para ter lido até aqui, delete tudo da sua cabeça porque no mínimo, não vale a pena se arriscar.
Se você curte a emoção procure um trilho para caminhar e vá com Deus!

Um comentário:

  1. adooooro gente que chega a sp em grande estilo! Mas valeu pra receber sua visitaaaa la no meu cafofooooooooooo. bjusssss

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