quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O menino que pensava demais.




Era uma vez um menino que pensava demais. Certa vez, ele arrumou suas malas, deixou seus carrinhos e partiu rumo ao conhecido tentando entender o desconhecido. Seu mundo era igualzinho ao de outras pessoas, porém suas inquietudes o tornaram um questionador sem fim. O infinito de sua cabeça tornara seu mundo, um mundo de ilusões esperançosas, onde seus atributos o fizeram crer que o amor ainda salvaria muitas pessoas de suas prisões melancólicas.

Ele tinha uma família muito pequena e também tinha um cachorrinho muito especial. Às vezes o seu próprio cachorro o achava retardado, também pudera! Quem mais no mundo poderia cantar paródias no melhor estilo ‘’cachorro latindo’’? O menino estava imerso na construção de seu chão, quando inesperadamente algum trator desconhecido o derrubava novamente.

Quantos tratores ainda passariam por ali? Essa era uma de suas maiores dúvidas e sempre que se perguntava, alguém feliz o respondia que na vida sempre haveria tratores, mas bastaria um mecânico para resolver o problema e suas desconstruções.

O menino tinha em seu redor, pessoas interessantes que o fizeram chegar até ali. O problema era sua dor de cabeça que não cessava e aumentava de acordo com seus pensamentos. Seria algo que ele não poderia entender? Seria algo que mais uma cápsula resolveria? Seria algo que um projétil resolveria? Ou haveria então um submundo cheio de seres estranhos tentando estragar sua cabeça?

O menino gostava muito de estudar, pena que em determinado momento de sua vida a continuação de seus estudos fora interrompida. Hoje, sua família ruiu, os mitos viraram verdade e seus ídolos desintegraram como pó. Do pó viemos, ao pó voltaremos? Quão clichês são essas frases feitas por homens que ainda não tinham ouvido nenhuma frase clichê.

Por que você rói suas unhas pergunta um ente querido? Ele preferia calar-se a responder o que passava na sua cabeça. Tudo pelo amor, ausentando-se da dor. Em uma quinta-feira comum, uma afirmação permeou em seus vastos caminhos cerebrais. Se algumas pessoas tivessem uma cabeça igual a sua, todos eles estariam reunidos e nunca se separariam. Isso porque o seu amor era realmente verdadeiro e não haveria distância, perdas ou ganhos que faria aquilo acabar.

Ah, se ele pudesse trocar seu mecanismo mental por uma perna quebrada ou por 6 meses numa cadeira de rodas. Ele via em sua atualidade uma visão centralizada no reparo constante que o dinheiro estava cometendo. Cada vez mais e mais, o mundo só pensava naquilo e não conseguia enxergar um abutre que mastigava os restos mortais de uma criança negra esquecida pela humanidade e que, diga-se de passagem, não pediu para nascer.

Ora estava aqui, ora estava ali, todavia sempre quis estar em um lugar definido pelos seus sonhos que, constantemente eram interrompidos por falhas que ele acreditava ser acima de tudo, propriamente dele. Seus quadros, seus carrinhos, seus jogos, seus objetos materiais não tinham mais valor, porque jamais conseguiram uma prateleira para se fixarem. Era mais fácil ele inventar falácias do que dizer para todos os curiosos e sádicos porque sua vida se tornara daquele jeito.

Seu entendimento ia diminuindo à medida que seu número de livros lidos aumentava. ‘’As pessoas têm o hábito de perguntar sobre nossa vida para projetar sua imagem a nossa. ’’ Assim são as pessoas, pensava o menino. Não especificamente por mal, mas ele acreditava que em sua essência, nenhuma pessoa conseguiria compartilhar o pão na hora em que ele saísse do forno, quentinho e crocante. Em todo o momento a gente faz auto-análise e, enxergar um ‘’oponente’’ pior que você é necessariamente viável para dar continuidade na vida. É mais ou menos parecido com aquelas disputas do coelho correndo atrás da cenoura. Pobre ilusão animal.

Outro dia, o menino que pensava demais fez uma entrevista para ele mesmo e sua última resposta para sua última pergunta era: Gostaria de estar assistindo o time de preto e branco ao lado da menina dos olhos grandes. E que duelar com o destino era uma coisa que ele jamais conseguiria sozinho.

Um dia o menino conversou com um guardador de carros que disse: ‘’a noite é cruel, do mal e é por isso que eu trabalho a noite’’. Então ele percebeu que a fuga que o homem tinha era se livrar do seu maior medo, o medo do escuro. O medo que muitas vezes nos coloca em uma parede de espinhos.

A forma voraz com que o segundo tenta passar o primeiro e a forma ambígua que o primeiro manipula o segundo são filosofias de vida que nenhum pensador de qualquer escola fará o menino se desapegar. Discussões e mesmices permeiam desde os mais letrados até os mais ébrios e segundo um dos maiores pensadores de todos:

’ olhar altivo, coração orgulhoso e até a lavoura dos ímpios são pecado. Os pensamentos do diligente tendem à abundância, mas os de todo apressado, tão-somente à pobreza. Trabalhar por ajuntar tesouro com língua falsa é uma vaidade, e aqueles que a isso são impelidos buscam a morte’’.

Hoje o menino tenta lutar contra seus pensamentos e quem sabe um dia possa viver alegre para sempre.

‘’Quero trabalho, quero salário, quero um atalho. Que as questões possam ir embora sem dizer adeus e que as respostas estejam escritas no meu capacete’’

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

My Way


MY WAY

E agora o fim está próximo

Então eu encaro o desafio final

Meu amigo, Eu vou falar claro

Eu irei expor meu caso do qual tenho certeza

Eu vivi uma vida que foi cheia

Eu viajei por cada e todas as rodovias

E mais, muito mais que isso

Eu fiz do meu jeito

Arrependimentos, eu tive alguns

Mas então, de novo, tão poucos para mencionar

Eu fiz o que eu tinha que fazer

E eu vi tudo, sem exceção

Eu planejei cada caminho do mapa

Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho

Oh, mais, muito mais que isso

Eu fiz do meu jeito

Sim, teve horas, que eu tinha certeza

Quando eu mordi mais que eu podia mastigar

Mas, entretanto, quando havia dúvidas

Eu engolia e cuspia fora

Eu encarei tudo e continuei de pé

E fiz do meu jeito

Eu amei, eu ri e chorei

Tive minhas falhas, minha parte de derrotas

E agora como as lágrimas descem

Eu acho tudo tão divertido

Em pensar que eu fiz tudo

E talvez eu diga não de uma maneira tímida

Oh não, não, não eu

Eu fiz do meu jeito

E pra que serve um homem, o que ele tem?

Se não ele mesmo, então ele não tem nada

Para dizer as coisas que ele sente de verdade

E não as palavras de alguém que se ajoelha

Os registros mostram, eu recebi as pancadas

E fiz do meu jeito


Existem inúmeras músicas, mas não são todas que falam por nós. Embora esta música não corresponda a minha época, acho ela simplesmente épica. Divirtam-se.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O orgulho é maquiagem da lágrima.


No domingo você começa a escrever...

Na segunda você olha o telefone...

Na terça o orgulho te consome...

Na quarta você olha para o céu e diz que aquele momento daria uma boa conversa...

Na quinta você aperta os números e torce para que seja recíproco...

Na sexta você conversa com pessoas...

No sábado você joga confetes para a vaidade...

No domingo você começa a escrever.


Eu nunca quis partir. Se ao menos você soubesse.

Aqui onde me encontro, os dias demoram a passar

Se ao menos você soubesse o número do meu telefone, para então entender de fato o que eu tive. Mesmo não havendo vozes, eu ficaria contente em saber...

Eu nunca quis o fim, nem o começo do novo.

“… E eu não teria dificuldade em perdoar o orgulho dela, se ela não tivesse ferido o meu.”



terça-feira, 9 de novembro de 2010

On the road....Again


Meus caros leitores: antes de qualquer frase, gostaria de agradecer o grande número de acessos da ''Mítica do Forasteiro''. Confesso que para mim, isto se deu de maneira inesperada. É sempre muito agradável saber que há pessoas neste mundo interessadas em ler. Peço desculpas pela ausência de postagens recentes. Saliento que em virtude de diversos acontecimentos recentes em minha vida, caí na estrada outra vez. Sim! Mais imagens e pensamentos de bolso. Quando eu tiver tempo para escrever tudo que vi e senti, escreverei aqui para vocês. É isso, fiquem com Deus e se cuidem.

Observação: Primeiro eu viajo, depois eu escrevo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Duas bocas e uma orelha.


Se soubéssemos quantas e quantas vezes nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.

News?


O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Quando nos oferece a opinião dos deseducados, nos mantém em dia com a ignorância da comunidade.

Respeitável público.


O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um horror.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Nossa comunhão.




Como é bom quando as pessoas vivem em comunhão. O tempo avança e as pessoas se tornam cada vez mais individualistas, fazendo com que a criação se torne presa fácil para os predadores.

Enquanto eu lia e escrevia, outros tomavam e se divertiam. Nada contra diversão, porém minha vida esperou algo que mais tarde se mostrou inviável. Cada cabeça tem um pensamento e cada pensamento tem sua forma de agir. A minha verdade por este tempo não valeu e minhas atitudes menos ainda. Como podemos explicar o fato de ouvirmos certas palavras que conseguem dilacerar um sentimento que um dia foi tão fraternal?

Por isso meus caros leitores, mesmo que a maré não esteja para peixe, nunca abdique de seus sonhos, virtude, amizades, humildade e nunca deixe a vaidade tomar as rédeas de sua vida. Tome cuidado, pois a vaidade é invisível, nua e sedenta por um coração em constante desapego com o homem.

As pessoas em nossas vidas ora estão aqui, ora estão bem longe, porém sábio é aquele que progride em sua retidão para elevar-se rumo ao amor, tornando-o indestrutível.

Que a chuva torrencial continue a cair, mas que ela não vá embora sem lavar os nossos pés.

Que as pessoas olhem continuamente para seu próximo e não digam mais: Eu não ligo à mínima.

Que o orgulho não permaneça em nossos corações e que mais tarde, possamos desfrutar deste abandono benéfico.

Quão tolas e vagas são as palavras de um ébrio ao entardecer.

Prefiro amor verdadeiro a outro vaidoso.

Prefiro o calor de um abraço distante do que constantes dedos apontados para mim.

Gostaria que o luto fosse branco e que o ambiente tranqüilo tomasse conta da cabeça desgovernada, podendo assim, dosar melhor o respeito pelo próximo.

Torço para que você encontre um amor cuja recíproca seja verdadeira, somente assim verá o tamanho do seu vazio.

Que seus olhos te levem para um lugar que não exista conselhos “amigáveis’’ e sendo assim, verá o tamanho de uma verdadeira traição.

Que minhas calças e sapatos velhos, durem mais algumas milhas para que então, eu possa abraçar as pessoas que realmente me querem bem, bem ou mal e sem condições impostas.

Desejos...

Um pai sem vícios

Uma namorada para conversar, transar e que tenha palavra.

Amigos sadios que queiram menos dinheiro e mais sorrisos.

Que meu Brasil libere o uso de maconha já que liberou o álcool, ou proíba ambos.

Que os batuques parem de soar e que o primitivismo religioso não consiga mais enganar ninguém.

Que eu me fixe na próxima parada, estabeleça uma casa e tenha lindos filhos correndo pelo quintal.

Que você ao ler este post, não se sinta enganado com a minha pessoa, pois continuo o mesmo, apenas quero um lugar melhor, menos pressão e intervenção. Não julgue, pois não vale à pena, acredite!

Quero provas, loucuras, passeios e água para me refrescar, junto com quem quer a mesma coisa.

Enfim, que as pessoas possam viver em comunhão e descobrir realmente o que é o bom da vida.

“Só os grandes esgrimistas da palavra manejam, com elegância, a ironia, que fere o mais íntimo da alma.”

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Heranças de um passado fictício.



Dizem por aí que o amor e o ódio andam em uma linha tênue. Não sei quem inventa frases. Também não sei como um sentimento tão bonito como o amor pode morar ao lado de um sentimento tão ruim. Entendo que em determinadas fases da vida ou em um gênero inteiro, passamos por inúmeras desilusões: familiares, relacionamentos, trabalhos, sonhos e impulsividades.

Você pode desejá-la, porém não a tem. Às vezes você sonha acordado e quando dorme não sonha com nada. Amor é carinho, conforto, filmes e cobertores. Ódio é nojo, desilusão, esquivas e duas caras. Num dia você ama, no outro muda de apartamento. É carregado consigo a somatização das idéias, dos traumas e dos desejos. De repente o que estava certo, não está mais e o apartamento sem luz domina seus olhos. Mas por quê? Não sei!

Há viagens, carinhos, risadas e concretizações de sonhos. Depois vem o abismo que separa os sentimentos e os coloca em um laboratório para nos testar. Alegre de quem tem o coração sereno e sincero.

Já vi amores ligados a distância, já vi o amor vencer o orgulho. Hoje o bom da vida é ser autônomo, matemático, ganhar bem e agir de maneira como se não existisse aquele órgão vermelho que mais parece uma manga, que bate dentro de nós. Ah, quanto aperto! Ficar por dentro das atitudes hostis que desconsideram o outro lado. É fato que o sofrimento não nos é dado à toa. Também é de suma importância que os aprendizados valham a pena e que você não se torne alvo de um vazio que, em princípio é digno de aplausos, porém futuramente te afunda na mais cataclísmica tristeza.

Espero que muito em breve, algumas acusações saiam da minha cabeça, preces sejam ouvidas e bem mais tarde, quando houver céu azul e ar limpo, eu consiga respirar em paz e olhar para frente. Esquecendo de um passado que um dia pretendeu meu futuro.

Há poucos dias.

Chorar é dizer em lágrimas o que o coração sente...

...E que a boca, por um orgulho ou outro, se recusa a dizer.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nem ciência, nem religião. Parte II


A Bíblia é uniformemente reconhecida pelos historiadores de arte como pertencendo ao pai de van Gogh, Theodorus, um ministro cujo amor pelo grande profeta Isaías era amplamente conhecido. La Joie de Vivre de Zola era um exemplo da literatura naturalista francesa. Juntos eles falavam da eterna tentativa de van Gogh de conciliar suas tradicionais heranças cristãs com a sensibilidade moderna.

Essa era uma conciliação que ele nunca conseguiria alcançar.

O problema com que van Gogh lutou é compartilhado por muitos e, como foi com o grande pintor holandês, vai mais fundo do que conciliar o antigo com o contemporâneo. Qual é o lugar do espiritual em um mundo que é predominantemente materialista? Vivemos no contexto do que Richard John Neuhaus chamou de uma ‘’ área pública nua’’, significando uma cultura em que a conversa e a conduta têm sido despidas dos discernimentos e das influências espirituais. No Ocidente, por exemplo, a lei e a política tornaram a devoção religiosa tão trivial que os indivíduos são forçados a agir – pelo menos em público – como se sua fé não importasse.

Essa falta de contribuição religiosa tem feito a fé parecer menos ‘’real’’ que outros conceitos e empreendimentos, em particular quando nos inclinamos a medir a verdade pelo que pode ser verificado com base em experiências. A fé não é palpável, e por essa razão, nesse mundo, não é relevante. Como tal, a fé não é simplesmente ‘’loucura para os gentios’’ mas com freqüência loucura para os crentes. E a Bíblia não ajuda, pelo menos à primeira vista.

Um homem que parecia gostar de vinho recebe a ordem para construir um barco. Um barco bem grande. No deserto. E então um par de cada animal foi separado a fim de sobreviver a um dilúvio cataclísmico.

Um homem de setenta e cinco anos de idade é chamado para engravidar sua esposa e começar uma grande nação. E, como sabemos, ele fez.

Uma jovem se oferece para dar água aos camelos de um estranho e sua família imediatamente a oferece a um nômade viajante a fim de perpetuar o povo de Deus. Sua reação? ‘’Tudo bem. ’’

Por enquanto, ainda não avançamos além do primeiro dos sessenta e seis livros da Bíblia. E a situação não fica melhor. Tais exemplos conduziram o filósofo Soren Kierkegaard a ver o cristianismo como um ‘’salto no escuro’’, um abandono da experiência e da racionalidade para abraçar o que está além da experiência e da razão.

Esse foi o dilema encontrado por Boromir na primeira parte da trilogia de J.R.R. Tolkien O Senhor dos Anéis. O grande Conselho de Elrond se reúne para determinar o que fazer com o Anel do Senhor do Escuro, que lhes fora trazido pelo destino. É decidido que a única esperança, contra todo pensamento racional, é levar o anel até o Fogo da Montanha da Perdição, o ponto exato da origem do anel. Boromir, o destemido guerreiro da cidade de Gondor que representa a raça dos homens fala:

Eu não entendo por que tudo isso... Por que vocês sempre falam em esconder ou destruir? Por que não devemos pensar que o Grande Anel veio até as nossas mãos para servir-nos na exata hora da nossa necessidade?...Deixe que o Anel seja a arma de vocês, se ele tem tais poderes como vocês dizem. Peguem-no e sigam adiante para a vitória!

O mais velho e mais sábio Elrond lembra Boromir de que o anel é completamente mal; usá-lo contra o Senhor das Trevas faria o seu portador se tornar como o próprio Senhor das Trevas. Boromir se submete ao conselho, mas não em sua mente. Quando a companhia começa sua jornada, ele confronta Frodo – o portador do anel – e mais uma vez levanta o assunto sobre usar o anel.

- Você não estava no Conselho? – respondeu Frodo... – Nós não podemos usá-lo, e o que é feito com ele se converte para o mal.

Então você continua... Todas essas pessoas tem lhe ensinado desta forma... Embora eu muitas vezes duvide que sejam sábios... É loucura não usá-lo... Eu poderia vencer as hostes de Mordor, e todos os homens seriam reunidos ao meu comando!...O único plano que nos é proposto é que um pequenino entre cegamente em Mordor e ofereça ao inimigo toda chance de recapturá-lo para si mesmo. Loucura.

Porém isso não é loucura. É sabedoria suprema – uma sabedoria correndo contra aquela que somente o intelecto pode reunir.

O apóstolo Paulo lembra a igreja de Corinto de que ‘’a palavra da cruz é loucura para os que perecem’’ quando olhada superficialmente. Mas Deus já determinou: ‘’Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes’’ porque ela provou ser um absurdo inútil de acordo com seus padrões. ‘’Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens’’ (1Co 1.18 – 20,25)

Amar a Deus com toda a sua mente, entretanto requer mais do que uma simples fé em Deus. Nos últimos tempos, a fé cristã fundamental está sitiada pelos esforços intelectuais compartilhados pelo mundo ao nosso redor.

UMA FORTALEZA SOB SÍTIO

Durante o século XIII, poucas coisas se igualavam à importância do castelo. O seu papel militar, político, social, econômico e cultural era soberano. Os castelos foram desenvolvidos no continente europeu no século X como fortalezas particulares de madeira e terraplanagem, trazidos para a Inglaterra pelos normandos e reprojetados usando-se pedras nos séculos XI e XII. As cruzadas sírias expuseram o norte da Europa para novas possibilidades em engenharia; desta forma, no final do século XIII o castelo medieval alcançou o auge do seu desenvolvimento. Então, no século XIV, e de forma crescente no século XV, um único produto se espalhou por toda a Europa e levou ao declínio do castelo. A pólvora.

De repente os castelos estavam sucumbindo com uma velocidade surpreendente a pesadas bolas de pedra atiradas por canhões de ferro (sim! Iguais aos que vemos nos desenhos animados). O que foi uma vez julgado impenetrável de um momento para outro se mostrou vulnerável a uma fonte de poder recentemente desenvolvida.

Assim como as bolas de canhão disparadas pela pólvora finalizaram a época dos castelos, o estouro dos pensamentos modernos forneceu uma nova fonte de explicação e tem dizimado a fortaleza da fé. Causaram um dano peculiar os tiros disparados por Copérnico, Darwin e Freud.

Copérnico e o ataque cosmológico. Copérnico (1473-1543) observava o céu usando um telescópio e determinou que o universo não girava em torno da Terra; em vez disso, afirmou que a Terra girava em torno do sol. Nessa época, a igreja cristã – representada pelo catolicismo – considerava qualquer conhecimento do universo que não fosse centralizado na Terra como sendo heresia.

A posição da igreja era, é claro, errada.

Agora, a Bíblia não estava errada; tratava-se apenas uma suposição distorcida de que a Terra precisava estar no centro da criação a fim de manter de pé a natureza especial da criação de Deus na Terra. Mas os pronunciamentos religiosos sobre assuntos de discussão pública têm sido automaticamente suspeitos desde então, e os modernos cosmólogos agora falam sobre assuntos de fé e filosofia com maior autoridade que padres, pastores e teólogos.

Charles Darwin e o ataque biológico. A investida de Charles Darwin (1809-1882) nos princípios dos pensamentos cristãos não foi cosmológica, mas biológica – ou talvez mais exatamente, antropológica. Em Origins of Species esse filho de pastor argumenta que a origem da humanidade poderia ser considerada de maneiras diferentes da direta criação divina, isto é, através da evolução e, conseqüentemente, seleção natural. Apesar das declarações altamente suspeitas da teoria da evolução de Darwin, a simples idéia de uma explicação da origem humana supostamente enraizada na ciência, mais do que na religião, mostrou-se atrativa. Aqui estava um universo mecânico no qual Deus não existia, ou pelo menos não se intrometeu. A humanidade, que fora considerada a coroa da criação, era agora ‘’um acidente’’ de forças impessoais e ou, explosão espacial neutra.

Considere a natureza duvidosa dessas palavras: Primeiro, a terra não era o centro do universo, e agora os seres humanos não eram o ápice da criação. Com os muros severamente enfraquecidos, uma terceira onda de ataques chegou zunindo no ar.

Sigmund Freud e o ataque psicológico. O filósofo francês Voltaire escreveu em 1770: ‘’Se Dieu n’ existait pas, Il faudrait l’ inventer’’ (‘’Se Deus não existe, seria necessário inventá-lo’’). Sigmund Freud (1856-1939) mais tarde afirmou que Deus não existe; Ele não é nada mais que uma projeção dos nossos desejos, e a simples idéia de uma alma humana é condicionada pelos desejos. Queremos que haja um Deus, então imaginamos tal Ser. Havia agora uma explicação intelectual aparentemente satisfatória para a convicção espiritual sem um apelo para a fé religiosa.

De maneira intrigante, Freud notou que a igreja tem feito pouco mais que se retirar de suas declarações e ataques. Mais propriamente do que empenhar esses desafios a um ponto de vista cristão através do exercício de um intelecto rigoroso, a igreja denunciou e negou, deixando os crentes fiéis com recursos limitados quando encontravam estes desafios no mercado de idéias. A igreja abdicou sua autoridade na verdade pública, e a ciência estava ansiosa demais para assumir o trono.

Poucos imaginam que em nossos dias, as dúvidas correm excessivas até mesmo nas fortalezas mais antigas de fé e devoção.

Um grande perigo no pensamento atual, e que muitos pós-modernos acham e abandonam rapidamente, é a tentação de reduzir o mundo a categorias racionais.

Muitos se agarram à noção de que se alguma coisa não pode ser medida pelos métodos científicos, ou compreendida pelo processo do pensamento racional, não pode ser real – ou pelo menos significativa.

Isso é diferente do que Mark Noll registra em seu livro The Scandal of the Evangelical Mind (O Escândalo da mente Evangélica). Os evangélicos modernos ‘’são descendentes espirituais de líderes e movimentos famosos pela atenção criativa e frutífera à mente’’. Os evangélicos estão escandalizados por suas falhas em abraçar essa herança. Noll e outros justamente chamam os cristãos a desenvolverem uma prática da mente, a pensar de maneira profunda e cristã a respeito de toda vida.

Não há dúvida de que muitos dilemas intelectuais se levantam não porque pensamos demais, e sim porque pensamos muito pouco. A maior luta é ver a razão pelo que ela é – não uma fonte para a verdade, mas um teste para a verdade. Se o cristianismo é verdade, ele se manterá sob qualquer soma de exame intelectual minucioso. Contudo, a razão é limitada no que ela traz à mesa da realidade espiritual. A razão por si mesma não pode tratar o misterioso, o transcendente, o paradoxal e muitas vezes o estético. Ela deixa pouco espaço para pensar (além dos nossos cinco sentidos), em Deus, ainda que por definição Deus seja supra-racional, significando além da razão. Como Martin Luther aconselhou, ‘’a fé deve fechar os seus olhos e não deve julgar ou decidir de acordo com o que sente ou vê’’. Isso é muito diferente de ser não-racional ou irracional; Deus não está alheio à razão, porém, antes, simplesmente mais abrangente que a razão. A fé não é tanto um pulo na escuridão como uma jornada em direção à luz.

Assim a realidade da dúvida permanece, e aqui a luta para compreender a Deus é mais ardentemente sentida.

De fato, nossa mente pode apontar para a mais profunda das realidades. Por que o suporte final para a jornada da fé envolve o intelecto sendo ‘’a prova das coisas que não se vêem’’ (Hb 11.1).


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cary's

Ouço um assovio/bio que me leva para junto das águas tranqüilas. Tenho batalhado por um lugar ao sol e quanto mais soldados eu encaro, mais generais me aparecem. Sinto que é hora de voltar. Para onde e para quê? Para o colo de minha melhor amiga. Sim, aquela pessoa que esteve e estará com você nos mais difíceis desafios dessa vida que todos fingem entender com pomposas idolatrias.

Labatut, você serviria de rótulo para o melhor dos vinhos. Traria a sensação de um trago à beira da lagoa, olhando as estrelas e conversando sobre os amores da vida. Caminharia da esquina até em casa tomando conta de um menino que nem ao menos sabia onde estava. O assovio foi-se embora mas a trilha continua boa. Quantas trilhas percorremos por esse mundão hein? Eu estive pensando sobre os momentos que estive ao seu lado e resolvi botar no papel alguns em sua homenagem. Como pode o 11 de setembro ser tão catastrófico e tão abençoado ao mesmo tempo?

Os anos que passaram foram anos de mais pura amizade e harmonia entre as falas. Houve tempos em que passeávamos de Kombi e conversávamos sobre música e eu tentava entender como ela poderia conhecer aquele som. E quando comparávamos quais eram as melhores praias para viajar... Pois bem, conhecemos inúmeras; juntos e separados; distantes e cortados pelo imenso Atlântico. Foram os cafés, as conversas que migraram para o baú e ganhamos uns anos a mais de confiança, sonhos e desilusões.

O pastel que me fez segurar um saco na mão, continua deliciosinho do ponto de vista das lembranças isoladas neste quarto onde escrevo minhas homenagens, elucubrações, loucuras e baboseiras. A diária era 12 e o ‘’visu’’ não tinha preço. A casa era de madeira, mas os sonhos de concreto. E o tempo em que eu parecia um exilado político com cabelos longos e viagens incomuns? Você me levava comida e de sobremesa comíamos palavras.

Os olhos ficam vermelhos e levemente espelhados prontos para lavar o rosto. A saudade aumenta e o abraço provavelmente será o mesmo, já os sonhos, diferentes outra vez. Os gostos provavelmente mudaram, porém os rostos, creio que continuam iguais.

Você sabe das mentiras e das verdades; do lúdico e do real e escrevendo sem parar, eu me pergunto o que é mentira? Mentira é pecado, verdade é juízo, amor é divino e, tendo em vista estas afirmações me pergunto, seria o melhor amigo de Cary’s um ‘’justo mentiroso com divino amor’’? Ou um ‘’errante ilusório desenho animado’’?

Seja um ou outro, estamos a todo instante trocando as frases de nossas ‘’mensagens pessoais’’. Conosco, trazemos o espírito amigo nas mais diversas bagagens. Hoje tenho um fardo leve e com imagens de bolso que num estalar de dedos voltam a ser reais.

Hoje é 10/10/10 (dia que escrevo) e para os que não entenderam não se cutuquem, pois às vezes a gente escreve sem entender muita coisa também. Todavia meu amor continua o mesmo e não trago armas comigo.

Esta é uma homenagem para minha melhor amiga Carine.

Nunca houve desejo sexual, nem rasteiras; houveram divergências e risadas ao mesmo tempo; perguntas, respostas e vice-versa.


Agência de viagens - Labatur

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Inveja

Quando se está em primeiro, deve-se pensar na permanência

Natureza

‘’É impossível que você deva odiar um homem de quem não tenha recebido nenhuma injúria. Pelo ódio, conseqüentemente, você pretende nada mais do que não gostar, o que não é objeção suficiente contra você se unir a ele. ‘’


A gente inventa e desinventa

“As aventuras podem ser loucas, mas o aventureiro deve ser sensato.”



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Figurantes de um mundo que ninguém entende

Admire e adore o Autor do mundo telescópico, ame e estime o trabalho, faça tudo que está ao seu alcance para diminuir o mal, e reforce o que é bom, mas nunca finja compreender. ’’




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Nem ciência, nem religião. Parte I


Estamos cheios de perguntas que parece não ter resposta. Perguntas justas e honestas a respeito dos dinossauros e da evolução, buracos negros e física quântica, milagres e anjos, sonhos e sensações. Então existem os mistérios sobre Deus que confundem a nossa mente. Como um ser pode não ter um começo? Nenhuma criação, nenhum início – apenas estar sempre lá. Existem coisas que gostaríamos que fossem explicadas, e parece que Deus nos mantém no escuro.

Considerando que a dúvida é a luta com o que Deus nos revela para acreditarmos, o mistério é a luta com o que Ele nos mantém escondido. No que se refere a livros, filmes e peças de teatro, gostamos de mistérios, mas apenas porque eles são solucionados. Um conto de Agatha Christie ou de P.D James que nunca nos contasse quem cometeu o crime seria intolerável.

A ironia do desenvolvimento espiritual é que quanto mais você viaja na fé, menos convencido se torna de tudo que pode saber. Embora seja desconcertante, quando nos referimos a Deus, devemos esperar mistério. O grande profeta Isaías registra as seguintes palavras vindas do próprio Deus.

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos... Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.

Isaías 55.8,9

Deus é infinito, e nós somos finitos. Ele é eterno e tem todo poder e toda sabedoria; nós não. Se um exaustivo conhecimento de Deus fosse possível, então Deus deixaria de ser Deus, porque se a nossa mente pudesse penetrar em todos os mistérios de Deus, então Ele não seria maior que a nossa mente.

Um mistério não é o mesmo que um quebra-cabeças verbal, onde os conceitos essenciais são acessíveis, mas deve ser compreendido corretamente. Quando a Bíblia afirma, por exemplo, que devemos morrer para que possamos viver, a tensão aparente se desfaz com o conhecimento de que isso se refere não à morte física, mas à morte do espírito pecaminoso.

O mistério também é distinto do agnosticismo, em que às duas idéias contraditórias são dados pesos iguais na convicção de que a evidência conseqüentemente revelará que uma idéia é superior à outra.

De igual modo, o mistério se mantém desassociado do paradoxo, o que é simplesmente uma contradição aceita como verdade. ‘’Um quadrado redondo’’ seria um paradoxo. Um mistério está além da explicação racional. Ele não é propriamente autocontraditório; nós apenas carecemos da habilidade de penetrar no que um escritor espiritual anônimo do século XIV chamou de ‘’a nuvem do inconsciente’’ que o envolve.

Algumas das nossas perguntas por sua própria natureza não podem ser respondias por Deus. Como C.S Lewis uma vez propôs: ‘’Todas as perguntas sem sentido não têm resposta... Provavelmente, metade das perguntas que fazemos – metade das nossas grandes perguntas teológicas e metafísicas – são assim’’.

Outras perguntas devem permanecer sem resposta porque existem coisas que não estamos preparados para compreender. Teologicamente, de diversas formas ainda somos crianças, e precisamos da proteção que está de acordo com a infância.

Isso é difícil de aceitar, em especial quando freqüentemente parecemos desejar que a simples idéia de infância fique distante. Usamos palavras como infantil e imaturo como insultos. Embora a infância seja uma fase em que a pessoa está protegida de certas experiências e conhecimentos. Apenas quando as crianças crescem e passam para a fase adulta é que alguns ‘’segredos de adulto’’ são revelados de maneira que possam ser assimilados psicológica e espiritualmente.

As crianças devem ser inocentes. É para isso que existe infância. Todavia, preservar a infância para uma criança pode significar manter os segredos de adulto cobertos de mistério. Há respostas para todas as perguntas difíceis, porém devemos permanecer contentes em deixá-las sob os cuidados do Pai.

Deus é misterioso não só porque é Deus, mas porque nós somos crianças, e em seu amor a nossa infância e os mistérios de Deus como uma fonte de maravilhas e até mesmo de conforto; existe um Criador, e nós estamos entre aqueles que foram criados.

Quando aceitamos os mistérios de Deus como criancinhas, eles se tornam não tão frustrantes quanto atraentes.

Enquanto luto com o mistério que cerca Deus, lá no fundo quero que Ele seja mais do que eu sou, que saiba mais do que eu sei. Anseio que Deus esteja além do meu entendimento. Como Vicent Van Gogh disse acerca de sua rejeição do ‘’completo sistema de religião’’ da sua família: ‘’Isso não me impede de ter uma terrível necessidade de – eu devo dizer a palavra – religião. Então saio à noite para pintar as estrelas’’. Kathleen Erickson acredita que o seu quadro Noite Estrelada reflete ‘’desejo místico de se unir com o Deus infinito’’. Rudolf Otto, em seu clássico trabalho The Idea of the holy escreveu que o mysterium tremendum (a totalidade do mistério de Deus – literalmente, ‘’tremendo mistério’’) ‘’não é apenas algo para ser admirado, mas algo que enleva’’.

Nisso e através disso sentimos algo que nos cativa e nos transporta com um estranho arrebatamento ao ponto de uma intoxicação vertiginosa. A espiritualidade, em praticamente todas as formas, penetra no nosso desejo pelo misterioso, a nossa fome para aquilo que não é desse mundo. O mistério também influenciou o planejamento das grandes catedrais góticas na era medieval. Embora o mistério que envolve Deus com freqüência seja perturbador, também é atrativo: nós queremos tocar o que é de fato transcendente e experimentar o que é autenticamente sobrenatural.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Qual é seu preço democracia?

Tenho percebido ao longo desses dias de campanha política a qual todos nós, brasileiros essencialmente despolitizados, estamos enfrentando uma espécie de enjôo político. Outrora, candidatos atacavam uns aos outros, atualmente o que vemos é uma união falsa de políticos demasiadamente inaptos para exercer qualquer tipo de cargo público. Na verdade creio que, embora tenhamos inúmeros motivos para desgostarmos de nossa política atual, fatores apolíticos, depreciam a irregularidade de forma tamanha que, qualquer cidadão possa se candidatar a um cargo como deputado federal por exemplo.

Aqui em Campo Grande – MS onde eu passo meus dias atualmente, analiso que a população local, ausente de perspicácia ou algo similar, insiste em erros incomuns em relação a outros estados e municípios. Partindo do ponto de vista ético, é irremediável a colocação humana desta população para com a situação agravante que o Estado se encontra. É semelhante aos estados nortistas brasileiros os quais, fazem sua justiça com o poder dos mais fortes que, diga-se de passagem, não é o judiciário e nem a polícia.

Aqui há descendentes de grileiros, empreendedores de médio porte que não se encontrarão mais nesta esfera empresarial com o passar dos anos, tendo em vista os tributos que nosso fisco insiste em cobrar excessivavemente . Há corrupção alastrada por todos os lados, visíveis aos olhos de quem tem o mínimo de conhecimento e discernimento social. Em Campo Grande há um coronelismo embutido na prefeitura e nos comandos paralelos.

Há um prefeito que gosta do buraco aberto e tem também os primos e irmãos do prefeito que buscam vagas para deputado estadual e federal. Sem falar no pai que mora na Câmara dos Deputados já faz algumas décadas e ainda agride pessoas ligadas a imprensa.

Se pegássemos todas as arbitrariedades que políticos maus e corruptos fazem semestralmente, não haveria espaço na mídia para outras notificações além de safadeza humanitária. Pessoas passam fome e necessitam de atenção e, ao invés disso, vendem a democratização mantendo-se na ignorância, adorada e propositada pelos políticos. Há então um grande churrasco a ser feito e uma gasolina que aos olhos de uns parece durar para sempre no tanque do carro.

Muitas pessoas me dizem que para ganhar dinheiro no Brasil é preciso ser esperto. Sim, aquele jeitinho brasileiro que adoramos vincular à nossa imagem.

Eu prefiro ser pobre com relativa sabedoria e saber que existem pessoas que precisam de muito mais atenção do que eu e poder ajudá-las do que encher o bolso de dinheiro para falsificar uma vida dentro de minha casa. Sim, eu prefiro! Acreditem.

Os condomínios não param de crescer e a disparidade social também. Este é um aviso de um blogueiro qualquer que necessita de uma vida reta, humilde, alegre e em paz. Cansei de assistir o povo reclamar que a prioridade do Brasil não é educação e de saber que as colocações do mesmo povo os deixam em situações cada vez mais precárias: os colocam à venda de suas caracterizações como seres humanos. Afinal, me parece muito inteligente pagar pela burrice contínua do povo e se satisfazer com mais quatro anos de gozo e carteirada.

Como a corrupção está alastrada em todas as camadas sociais e agregam valores de ganância humana, prefiro ficar fora desta prostituição nacional e viver em prol da minha família e ajudar as pessoas de bem que ainda conseguimos garimpar por este país que atualmente chora em seus rios de extensões continentais. Escrevo com medo de ser rastreado, tenho nojo de olhar para o Tiririca na TV buscando votos para deputado e tenho mais nojo ainda de saber que ele é melhor do que muitos que lá estão.

Esse é o retrato atual do Brasil. Pessoas poderosas que vivem à custa dos ignorantes que estão na miséria; pessoas sem capacidade jurídica para exercer determinadas funções. O mundo está girando e aquele velho pensamento que parece não existir para algumas pessoas, ‘’aqui se faz aqui se paga’’ se ausenta de pessoas letradas e sem perspectiva nenhuma de crescimento social, estamos evoluindo para o caos, onde habitantes se deslocam para condomínios de acesso restrito, juízes e desembargadores vendem sentença, o pobre rouba leite e vai preso, o rico mata milhares de pessoas desviando dinheiro público, a Polícia Federal rastreia telefone de quem não tem onde cair morto e no final deste longa metragem chamado Brasil, o protagonista se cala e o antagonista toma as rédeas. Quando isso acontece, há uma quebra de padrão almejada por diversos diretores de filme. Imaginem só, quando o filme é a vida real e quando os coadjuvantes estão imersos na corrupção junto com o todo mensurado? Acho que isso está com cara de Chanchada e ainda bem que eu não gosto de pipoca.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Michael Jackson era virgem!


Fico aqui pensando no número massivo das pessoas que falam do Michael Jackson pela web. Enfim, serei mais um. Embora o título deste blog se refira a algo semelhante ao introspectivo, não posso deixar de falar sobre um artista que lapidou a história da música de maneira singular.

O que esperar de uma pessoa que muda de cor? Eu também não sei ao certo. Michael foi além das expectativas humanas. Quando criança cantava de forma única e como todos sabem, foi obrigado pelo pai a galgar seu espaço em meio à tribulação familiar e de preconceito que nos dias de hoje ainda perdura nos EUA. A vida dele creio eu que, quase toda população mundial conheça e também acredito que este foi um dos fatores determinantes pelo modo de vida essencialmente diferente deste aclamado artista.

Logo após sua morte, vi em um dos milhões de programas exibidos em seu tributo que, quando criança, Michael dormia no mesmo quarto dos irmãos e acabava mesmo contra sua vontade ouvindo e observando seus irmãos transando com suas respectivas namoradas. Todo homem verdadeiro, mesmo criança, adoraria essa situação, afinal de contas, no dia seguinte, contaria isso com muita pompa para os amigos, porém difícil era achar um amigo e mais difícil ainda, era entrar em acordo com seu pai.

Crescer apanhando do pai para ganhar dinheiro deve ser algo realmente marcante. Uma criança deve ter amigos, brincar e aprontar, somente após estas prioridades de vida, deve-se pensar então se pode ou não trabalhar. Confesso que entendo a postura do pai de Michael em obrigar seu filho a cantar. No fim das contas, bem ou mal, ele acabou sendo um marco na história da música.

Michael tinha o hábito de gravar as letras que passavam em sua cabeça num gravador de bolso, diferentemente de escrever no papel por exemplo. Billie Jean nasceu desta forma. Michael voltava para sua casa de carro e falava ao gravador as palavras que, após meses se tornara uma de suas melhores músicas. Fico aqui pensando como era o convívio de Michael e seu maestro Quincy Jones (produtor de Thriller) no estúdio gravando as músicas do memorável álbum.

Thriller foi um disco que destoa dos álbuns mais vendidos da história. Existem bandas e artistas renomados que passam a carreira inteira (muitos com carreira sólida) com muitos discos que ao todo não somam a venda de Thriller, atualmente nas 115 milhões de vendagens. O disco, as músicas editadas a dedo, seus efeitos, e o curta ‘’thriller’’ fazem do disco assim como do artista, algo estritamente diferente.

A observação de Michael sobre os artistas renomados na época trouxe, por exemplo, o guitarrista Ed Van Hallen para participar do disco com seus riffs assombrados de guitarra que, diga-se de passagem, couberam dignamente em Beat it.

Em Thriller nada era feito sem o aval de Quincy Jones, maestro, que deu aos ouvidos de quem escuta o disco com headphones, uma miscelânea de sintonia musical. Também o ‘’bass effect’’ que a pedido de Michael, deu às músicas o groove dançante que o disco evoca.

Michael Jackson, tido por muitos como o ‘’Rei do Pop’’, sempre estava devendo explicações inadmissíveis para seus fãs e críticos. Não consigo julgar alguém que não conheço e acredito que ninguém o faça. Eu, o criador do blog ‘’A mítica do forasteiro’’, gosto muito de crianças e quando tenho oportunidade de pegar uma no colo, me sinto como se estivesse em pleno acordo divino. Crianças dão o tom que a vida precisa, são inocentes, extremamente engraçadas e sinceras.

Tenho primos e primas que cresceram aos meus olhos com o carinho ganhado pelos primos mais velhos. Meus primos e eu, adorávamos pegar as crianças para dormir, fazer cócegas e apertá-las até elas não agüentarem mais, tamanha a alegria correspondida por estas criaturinhas de Deus. O que eu quero dizer é: qual o problema que existe em saber que Michael Jackson adorava crianças exatamente desta mesma forma? Tirar uma tarde de sono com as crianças na mesma cama, não significa que Michael praticava pedofilia ou algo parecido.

Michael Jackson não possuía força para outras coisas a não ser para dançar. É notória sua incapacidade de fazer algo horrível com crianças como foi acusado. Basta olhar e ver. Tendo apanhado quando criança, não ter tido infância necessária para aproveitá-la, assistir os irmãos praticarem ato sexual na cama ao lado, crescer engendrado ao mundo podre da mídia e do show bizz, não ter tido tempo para aproveitar em nenhum momento sua vida de forma livre sem assédio de fãs e da mídia, sua voz fina e assexuada, me levam a crer que Michael era virgem.

Acredito que Michael tinha aversão a sexo, baseado em toda sua história de vida. Sabemos que Michael possui filho de sua genética, o que não impossibilita ter sido gerado por inseminação artificial, já que, os casamentos arranjados foram artificiais e criados para satisfazer o gosto de outros.

Michael Jackson nasceu diferente, cresceu diferente e mudou de cor. Ajudou muita gente e dormia com crianças após uma queda em sua montanha-russa. Viveu uma vida para os outros e morreu para si mesmo há muito tempo. Virgem.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Depende de nós

Gostaria muito de saber se a Rede Globo repassa os valores pagos pelos anunciantes no horário de exibição do Criança Esperança para a Unesco. Será que os artistas fazem os shows e não cobram nada?
Todos sabemos que os anunciantes pagam com antecedência, mensalmente ou até mesmo semestralmente e que isso consequentemente, requer um estudo detalhado sobre a grade de programação mês/semestre. Tendo em vista estes entraves de informações implícitos, seria interessante que: caso não haja repasse financeiro total da parte da Globo para a Unesco no horário de exibição do ''Criança Esperança'' que, eles (Marinhos), assim o façam. Afinal, "Depende de nós que o circo esteja armado, que o palhaço esteja engraçado, que o riso esteja no ar, sem que a gente precise sonhar''

A gente se vê por aqui.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Coisas que eu não aguento

Poxa vida, como é difícil ver, ler e engolir determinadas situações em nosso cotidiano e ficar calado. Ficamos calados porque não temos recursos suficientes para atormentarmos quem nos enche o saco com freqüência.
Antes de começar a listar os insultos diários, gostaria de deixar claro que ‘’A mítica do forasteiro’’ é um blog com opinião completamente pessoal e se dispõe a ler críticas e elogios nos comentários.
No fim das contas é preferível deixar registrado por mim, um ilustre desconhecido, as mazelas e cretinices de nosso povo, cultura e País do que engolir as pererequinhas que todos nós cidadãos quase honestos, diuturnamente engolimos.
Tem coisa mais insuportável que acordar com Ana Maria Braga passando mensagens com aquela cara de sono e toda rebocada, de como a vida é linda e maravilhosa? A vida dela realmente deve ser maravilhosa afinal de contas, ela faz um programa ridículo, visto por milhões de pessoas que adoram mentiras sinceras.

Seu público abrange diversas camadas sociais que acabam se acostumando com a idéia de um programa pífio que o maior canal de televisão do Brasil põe no ar todas as manhãs. O salário dela é maior do que o da minha vizinhança somada, logo, deve ser lindo, belo, maravilhoso, sublime, pétalas de rosas cheirosas ao cântico do louro José passar mensagens tão celestiais a um povo tão pobre de cabeça. Viva nossa Diva Ana!
Outra coisa que me intriga é assistir os três poderes de nosso Brasil pular e cantar ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Os três se dão as mãos com seus escudos impenetráveis e não há ser neste País que consiga sequer enxergar o que se passa por lá, tamanha a proteção (um por todos e todos por um), vanguarda e manipulação que se tem lá dentro.
Resumindo, um cria a lei, outro executa e há ainda quem julga. Imaginem a seguinte situação: Eu crio uma lei que contém a informação que eu, tu, eles (Legislativo, Executivo e Judiciário) devemos ganhar 40% mais do que ganhamos porque sabe como é... a jornada de trabalho anda difícil para o nosso lado. E sabemos que, a economia está fortalecida, que o Brasil está voando, que esse povo tá comprando ''prá caramba'' e então precisamos repassar um valor maior para nós (L.E & J).
Recomendo às indústrias de brinquedos infantis que criem um jogo de super trunfo com todos os nossos super heróis que tanto suprem nossos anseios. Seria muito didático e divertido (educação) ver nossos queridos filhos sentados no tapete da sala jogando super trunfo e disputando quem tem o poder maior, Iuuupi!
Agora vamos falar dos anarquistas anti-americanos que usam calças da Levi’s. Sim, são pessoas muito bem informadas. E os economistas que dizem exaustivamente que a China será a nova economia do mundo? É divertido assistir aqueles caras (economistas) cheios de pompa falando como se fossem vários Nostradamus em escala menor e com reprodução gafanhotária (eu gosto de inventar palavras).
Quer coisa pior que o Kassab (prefeito de São Paulo) falando sobre sua majestosa obra ‘’cidade limpa’’? Por que ele não tira os postes da cidade? Será que não limparia muito mais que os outdoors que foram retirados? Deve ser caro, não? Mas São Paulo não é a cidade mais rica da América Latina? Gostaria de entender qual é a necessidade do governo em deixar caixa para seu sucessor sendo que a cada mês, a conta multiplica os zeros.
Gostaria de saber, o que a Cláudia Leite foi fazer na área VIP do show dos Rolling Stones em Copacabana em 2006? Sabe, muitos artistas renomados sofrem influências de outros para comporem suas músicas. Eu fico imaginando a Cláudia Leite escrevendo suas poesias ao som dos Stones ou Bob Dylan.
E aqueles seres estranhos que usam 27 piercings no rosto? Se aquilo for uma forma de protesto, tenho uma lista de sugestões guardada em meu HD. Acho que é falta de laço (como diria meu pai). Se bem que agora não podemos mais bater em nossos filhos que estaremos infringindo nossa lei que tanto tememos e respeitamos.
Acho que estou cansado de escrever. Ficam aqui as coisas que me aborrecem. Insisto que devemos respeitar todas as opiniões e tentar com muito diálogo, introduzir as ideias mais coerentes nas cabeças de quem os ventos fazem a curva.
Para terminar, imaginem tal tortura: Seus filhos jogando super trunfo (3 poderes) com os amiguinhos da escola com a TV ligada no Mais Você emitindo o som das pétalas e sua empregada lavando louça cantando músicas da Claudinha. Acho que deu!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Política, Pantanal e perseverança...



O piano toca e eu começo a escrever. O vento bate e as folhas caem mostrando que ainda há um resquício de outono neste calor invernal. Hoje briguei com meu pai e quando isso acontece, meu dia se torna demasiadamente desinteressante. Assim como mãe, pai também só tem um, pena o meu estar tão em dissintonia com minhas ondas que se perdem nesse espaço que ninguém sabe o tamanho.
Neste último final de semana fui para Corumbá, cidade do MS que faz fronteira com a Bolívia, no meio do Pantanal. No caminho, vi inúmeros jacarés que tomavam sol beirando os ‘’mini pântanos’’ desta época do ano. Árvores secas que enfeitavam a beira da estrada, tucanos, papagaios, araras, tuiuiús (ave grande, típica da região), onças, e sucuris integram a formação desta grande região do Brasil. Um povo que é formado por uma mistura de índios bolivianos, brasileiros e colonizadores do sul do Brasil.
No hotel, muitos turistas de diferentes regiões do Brasil e do mundo. Fazia tempo que não usufruía daquelas imensas mesas de café da manhã, foi legal! Numa das manhãs que passei por lá, enquanto esperava meus companheiros de trabalho descerem dos quartos, fumava meu cigarro e conversava com uma boliviana que vendia roupas e tecidos. Surpreendeu-me a vontade que aquela mulher tinha de superar os baixos da vida. Não que ela possuísse altos mas, de qualquer forma, nossas cabeças sempre produzem sonhos que um dia, dependendo de nossas posturas, podem ser realizados com êxito.
Nesta viagem também vi um travesti vestido de freira que esperava a chegada do Governador do Estado no aeroporto. Foi uma mistura de engraçado, com ridículo e bizarro, ainda não defini o que achei daquela aberração da natureza. A briga de cotovelos é intensa para disputar uma boa posição para os flashes. Às vezes me pergunto como pode uma pessoa idolatrar um político? Ou ainda mais profundo que isso, esperar ansiosamente uma pessoa que nem sequer sabe da existência de quem o espera?
Não acho isso de todo ruim, porém encontrar idolatria política é um passo para a desordem, caso isso chegue ao meio da balança, pois na maioria das vezes isso pende para o lado dos maiores, os mais politizados, cultos e por aí vai! Essa balela que a gente ouve sempre! O fato é que, quem vota no ídolo, come carniça e a carniça é o próprio ídolo. Assim, podemos fazer uma analogia com o nosso grande Pantanal que, quando um animal morre na estrada, logo vira comida para os corvos (abutres, urubus, etc.) e a gente vê um monte de corvos ao redor da carniça, semelhante ao deslumbre que presenciei no aeroporto regional de Corumbá.
De uma forma geral, a viagem foi maravilhosa. Tudo que vi também foi (a gente sempre aprende com os olhos e ouvidos), a companhia estava ótima e a boliviana local me ensinou um pouco sobre perseverança, que Deus ajude aquela moça. Não sei onde estarei amanhã, mas assim que possível, postarei algumas fotos que tirei e mais comentários infames, parecidos com alguns que rodam por aí. Um pouco mais autêntico e ignorante talvez.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tempo?


De tempos em tempos nossos objetivos, sonhos, pensamentos e atitudes mudam. Saber que existe um relógio pronto para despertar enquanto estamos na paz de um sono bem dormido é algo que nos remete a uma obrigação cotidiana.

Computador, celular, GPS, etc., são tecnologias de prateleiras que são lançadas para satisfazer o impulso do tempo nas pessoas. Décadas atrás não existia celular e todos no entanto, viviam bem sem se preocupar aonde deveriam estar passando seu tempo. Embora naquela época existisse relógio, o relógio não estava imerso dentro de um telefone móvel que além de hora, disponibiliza também o seu lugar no mundo. É como se a todo instante alguém te observasse e necessitasse saber onde você se encontra naquele determinado momento.

Nós, seres humanos, observamos os anos que passam e a cada ano, costumamos dizer que há uma sensação daquele determinado ano ter passado mais rápido do que o anterior. Essa sensação que a ciência provavelmente chama de teoria do “sei lá o que”, mostra o quão rápidas e ansiosas andam nossas cabeças e tudo vai ficando tão louco e tão contraditório que por vezes passamos a caminhar contra o tempo, como se ele em determinado momento não existisse.

Às vezes, quando ando de ônibus e principalmente de metrô, vejo um mundo à parte enquanto as pessoas esperam seu destino. Saber que todos que ali se encontram, irão em poucos instantes estar cada um na sua casa, escritório, consultório e, provavelmente, minutos após, um rosto bonito no meio da multidão será observado por um... será esquecido por outro...

Os ensinamentos que levamos dessa vida maluca se destinam a nossa caixa de memória ou caixa do tempo. O tempo fala por si e para ele pouco importa se está sendo cronometrado ou não. Para ele não há incertezas, elocubrações, paranóias e situações do gênero. Todos os dias são iguais e os ventos que nos congelam o rosto em um dia de frio, amenizam o calor insuportável do sol escaldante de alguém que trabalha sob Ele.

Neste mundão de meu Deus há relógios por todas as partes e cada um com sua tarefa. Um está incumbido de se mostrar visível aos olhares turísticos de quem passa na praça, outro cumpre sua função de acordo com os honorários prestados. Que imaginação criar a hora, não? Imaginem que ontem à noite, enquanto lia meu livro deitado na rede, por alguns minutos olhei para o céu estrelado e pensei que o ontem, a mim foi entregue de maneira tardia, porque ainda hoje lembro dele como se fosse meu amanhã.

Por este tempo que não volta, termino este texto chato dizendo que o meu tempo cobrou minhas palavras que foram desperdiçadas ao ouvido de quem mais gostaria que entrasse. O meu tempo é diferente do resto do mundo e vice-versa, mas no fim das contas, Ele, o tempo, não se perde!