terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vacaciones en el moleskine (capítulo 7)



As coisas que começaram a acontecer... eram tão grandes e bonitas que não posso descrevê-las. E para nós esse é o final de todas as histórias, e podemos mais verdadeiramente dizer que todos eles viveram felizes para sempre. Toda a vida deles nesse mundo e suas aventuras tinham sido apenas a capa e a página de rosto. Agora, finalmente, eles estavam começando o capítulo Um da grande história que ninguém no mundo já leu; a qual continua para sempre; na qual todo capítulo é melhor do que o anterior.

Como se os olhos tivessem espelhos e refletissem tudo que vê. Assim vejo as pessoas olhando lá fora e sei que, nem aqui dentro elas estão.

Nesse papel virtual cabe de tudo. Um punhado de dúvidas e pesquisas, observações e matemática. O verão começou há pouco e eu ainda não desfiz minhas malas. Elas já estão ficando conhecidas para um bando de desconhecidos e animadamente serenas para as aranhas noturnas que insistem em pregar teias nos objetos intocáveis da casa. Ainda bem que minhas malas não se enquadram nesta lista.

Na estrada desde novembro, conheci pessoas bem bacanas com algumas inquietudes parecidas com as minhas de certa forma. Dúvidas sobre quase tudo e alguns ceticismos exacerbados parecidos com o de uma pessoa recente em minha vida. A vontade de estar reunido deixou de pertencer a alguns grupos e deu lugar a famigerada vontade de simplesmente não estar. Algumas cidades continuam iguais e as pessoas que habitam também. A estupidez humana em sua maior sintonia: a altivez. Sem ao menos se auto-entender.

Ultimamente tenho andado com tempo para tudo, menos para as coisas que considero mais importantes. Comecei o ano do jeito que queria no exato minuto da virada. Espero que esse novo ano seja um ano de muita saúde e paz para todos nós. Digo isso de coração e não como mais uma frase robótica com mãos que batem em nossas costas.

Daqui uns dias, fecho o zíper de minha mala e parto daqui rumo ao meu sonho que ainda não sei qual é. Não se esqueçam de olhar para o céu pessoal, é sempre uma excelente saída.

2 comentários:

  1. A sua reflexão me reportou lá no início da vida, eu nem tinha bolsos para guardar pensamentos - a referência ao bolso se deve a frase constante do seu perfil. O tempo passa, eu tenho pesadelos e sonhos. Os pesadelos tento compreender - os sonhos tento alcançar e viver. Eu quase não dou tapinhas nas costas, na verdade prefiro uma conversa franca, onde se fixa "olho no olho", se possível sorrir sorrimos, se impossível choramos ou xingamos. Ao longo do tempo tive amigos que, de repente, sumiram, deixaram de ser amigos, assim sem nenhuma explicação. As vezes de súbito, eles reaparecem sem pensamentos nos bolsos, sisudos e com rugas nas testas, mas tentando justificar para recuperar o tempo perdido. Talvez,eu não tenha compreendido bem o contexto do artigo supra, no entanto, foi o que pensei depois de lê-lo e posso lhe garantir que vou lá fora dar uma olhadinha no céu. O meu céu, hoje está revolto e se manifesta com relâmpagos e trovões. Talvez, Deus esteja aborrecido com aqueles que desperdiçam "pensamentos".

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